sexta-feira, 30 de maio de 2008

Presas são transferidas de Tremembé por suposta ameaça a Anna Jatobá

Duas presas da penitenciária feminina de Tremembé, a 138 km de São Paulo, onde a madrasta de Isabella cumpre prisão preventiva, foram transferidas na noite de quinta-feira (29) para um presídio de Campinas, a 95 km da capital.


A transferência teria ocorrido porque as mulheres teriam ameaçado de morte Anna Carolina Jatobá. A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) não confirmou a transferência das presas nem se Anna Jatobá sofreu ameaças.



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Entretanto, segundo uma fonte do sistema prisional ouvida pelo SPTV, logo depois de voltar do interrogatório à Justiça, na capital paulista, na noite de quarta-feira (28), a madrasta de Isabella foi ameaçada por elas.

A direção da penitenciária feminina de Campinas confirmou a transferência de duas detentas de Tremembé em caráter de urgência, mas não comentou a ligação da transferência com as supostas ameaças a Anna Jatobá.




Testemunhas
Na segunda-feira (2), a defesa deve apresentar uma lista de testemunhas a serem ouvidas pela Justiça, além de contestar pontos da investigação e os laudos feitos pela perícia. A Justiça marcou para os dias 17 e 18 de junho os depoimentos das testemunhas de acusação.

Os pais do casal Alexandre Nardoni e Anna Jatobá são esperados em Tremembé neste fim de semana para visitar os filhos.

Tenente do caso Isabella se mata após suspeita de pedofilia

Uma operação policial teve desfecho trágico nesta sexta-feira (30), em São Paulo. A investigação da Polícia Civil era sobre uma rede de pedofilia.


Um dos integrantes da quadrilha foi preso na semana passada. O outro, um oficial da Polícia Militar, se matou em casa, no momento em que um mandado de busca e apreensão era cumprido em seu apartamento.

No computador do chefe da rede de pedofilia, o operador de telemarketing Márcio Aurélio Toledo, de 36 anos, a polícia encontrou uma lista com 600 nomes que agora serão investigados. Segundo as investigações, o tenente Fernando Neves era cliente da quadrilha que agenciava encontros de pedófilos com menores de idade.




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O rosto de Fernando Neves foi visto várias vezes nos últimos dois meses. Ele foi um dos policiais militares que atenderam à ocorrência do crime que chocou o país, o da menina Isabella. É ele quem aparece ao lado de Alexandre Nardoni, pai de Isabella, em frente ao Edifício London, logo depois que a menina foi jogada do sexto andar.

O tenente era comandante da Força Tática da área. E chefiou a busca de um suposto ladrão no prédio. Dias depois, o próprio tenente detalhou a operação. "Foi feita uma varredura minuciosa nos mínimos detalhes, foi feito cerco no quarteirão, nos travamos elevadores, ninguém entrou, ninguém saiu e varremos todo prédio", disse ele, à época.



Apesar de ser acusado de pedofilia, todos os dados oficiais do processo do caso Isabella mostram que o tenente Neves não teve nada a ver com a autoria do crime. Ele estava a serviço, em outro lugar, com três policiais, quando recebeu o chamado pelo rádio do carro avisando que a menina tinha sido atirada pela janela.

E, quando chegou ao Edifício London, vários colegas já se encontravam no local. Em um relatório reservado feito a pedido da delegada que comandou as investigações, o coronel comandante da Polícia Militar João dos Santos de Souza, informa que os soldados Jonaldo Ramos de Almeida e Josenilson Pereira do Nascimento foram a pé ao edifício porque estavam na corregedoria da PM, que fica ao lado do prédio.

Pouco mais de um minuto depois as viaturas da área chegaram ao local. No depoimento que prestou, o PM Josenilson confirmou que, no dia do crime, ele e Jonaldo correram até o edifício, e ele pôde perceber que não havia policiais ainda por ali. O corregedor da polícia, Marcelino Fernandes da Silva, descarta qualquer possibilidade de envolvimento do policial com a morte da menina. " Em hipótese nenhuma, porque ele estava de serviço e qualquer tipo de abandono de posto é facilmente retratado e denunciado", afirmou.



Rede de pedofilia




A prisão do operador de telemarketing Márcio Aurélio Toledo foi feita depois que uma testemunha procurou a polícia assustada com os diálogos que presenciou em salas de bate-papo sobre sexo na internet. As investigações, que começaram há três meses, levaram a uma casa em Cidade Ademar, na Zona Sul de São Paulo, onde mora Toledo.




A polícia encontrou no computador e no aparelho celular dele fotos que mostram sexo explícito envolvendo crianças. Também foram encontrados bichos de pelúcia e outros brinquedos, como bonecos de super-heróis, além de roupas infantis e preservativos.



Com base em escutas telefônicas, autorizadas pela Justiça, a polícia diz que o operador de telemarketing aliciava crianças e marcava encontros entre elas e os pedófilos na casa dele. Ele foi preso no último fim de semana.

A polícia pretendia prolongar o tempo de investigação sobre o caso, mas ficou apreensiva ao perceber que outras crianças corriam risco de cair na rede de pedofilia. Alguns clientes já foram identificados.

Embaixatriz brasileira morre em acidente aéreo em Honduras

Reuters
Alguns carros ficaram sob o avião acidentado em Honduras (Foto: Reuters)
A embaixatriz Janet Chantal Neele, esposa do embaixador do Brasil em Honduras, Brian Michael Fraser Neele, morreu no acidente com um avião que transportava 135 passageiros, nesta sexta-feira (30), em Honduras, informou o Itamaraty.



Há mais quatro mortes confirmadas. Fraser Neele, de acordo com o Itamaraty, sofreu fraturas e está hospitalizado. Seu estado de saúde é estável.



A aeronave tentava aterrissar quando saiu da pista do aeroporto de Tegucigalpa, e invadiu uma rodovia. O avião da linha aérea Taca, de El Salvador, atingiu alguns carros quando saiu em zigue-zague em direção à rodovia. Com o acidente, partiu-se em três e vazou combustível.


Entre os mortos, está Harry Brautigam, da Nicarágua, que chefiava o Banco de Integração da América Central, segundo o presidente hondurenho, Manuel Zelaya.